Quatro anos após a chegada da Covid-19, o Ceará enfrenta uma nova alta nos casos da doença. Entre a última semana de novembro e a primeira de dezembro, o número de testes positivos saltou de 2,3 mil para 6,4 mil, de acordo com o Integra SUS, plataforma da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). A taxa de positividade também cresceu, passando de 51,7% para 54,3% nesse intervalo.
Grupos mais afetados
O aumento de casos é mais significativo entre bebês de até dois anos e idosos acima de 80 anos, grupos com maior risco de evoluir para quadros graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). “Queremos evitar esses cenários graves, por isso reforçamos a importância das medidas de proteção, tanto individuais quanto coletivas”, alerta Ana Cabral, coordenadora de Vigilância Epidemiológica e Prevenção em Saúde da Sesa.
Embora o órgão não tenha divulgado o número de óbitos de forma pública, Ana Cabral confirmou que houve registros de mortes por complicações da Covid-19 nas últimas semanas. “Os óbitos estão sob análise para confirmação da causa, o que demanda tempo”, explicou.
Estratégias para testagem
Ao apresentar sintomas gripais, como febre, dor de cabeça, coriza e tosse, a população é orientada a buscar as unidades básicas de saúde, que funcionam como principal ponto de testagem. Casos mais graves são direcionados às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), onde também há disponibilidade de testes.
Outra alternativa são os autotestes vendidos em farmácias, com preços entre R$ 40 e R$ 100. O Ministério da Saúde recomenda que a testagem seja feita a partir do terceiro dia de sintomas para garantir maior precisão nos resultados.
Prevenção e novas variantes
Com a proximidade das festas de fim de ano, aumenta o risco de disseminação do vírus, agravado pela circulação de novas subvariantes (XEC e LP.8.1), já identificadas no Estado.
“Ao apresentar sintomas gripais, utilize máscara e procure um serviço de saúde. O isolamento por sete dias é fundamental para evitar a transmissão”, reforça Ana Cabral. A vacinação também segue como principal medida de proteção, com doses disponíveis nas unidades de saúde para diferentes grupos prioritários.
A Secretaria da Saúde segue monitorando o cenário epidemiológico e ampliando as ações de vigilância, com foco nos municípios mais impactados pelo aumento de casos. A meta é reforçar o atendimento e evitar a sobrecarga do sistema de saúde estadual.
Por Nágela Cosme
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