A Black Friday deste ano, marcada para sexta-feira (29), já impulsiona o varejo brasileiro com promoções antecipadas. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e QuestionPro, 89% dos brasileiros pretendem aproveitar as ofertas, consolidando a data como uma das mais importantes no calendário comercial do país.
A pesquisa revelou que 85% dos consumidores planejam adquirir algo para si mesmos, enquanto 65% pretendem comprar presentes, indicando uma forte adesão ao evento.
O estudo, que entrevistou 1.185 pessoas entre os dias 4 e 13 de novembro, revelou que 62% dos entrevistados vão aproveitar a Black Friday para adiantar as compras de Natal. Segundo Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, essa estratégia combina praticidade e economia. “Os consumidores evitam a correria de última hora e conseguem preços melhores”.
Entre as categorias mais desejadas, roupas lideram com 72% de preferência, seguidas por calçados (66%), produtos de beleza e perfumaria (65%) e itens de decoração e casa (50%). Eletrônicos, smartphones e eletrodomésticos também são destaque, com interesses que variam entre 46% e 51% dos consumidores.
Comércio físico x digital
A pesquisa apontou uma crescente preferência pelo comércio online: 30% dos entrevistados planejam comprar exclusivamente em lojas virtuais, enquanto 31% devem dividir suas compras entre canais físicos e digitais.
Fatores como descontos atrativos (23%), custo de frete (20%) e reputação das lojas (16%) são determinantes para a escolha de onde comprar. Além disso, promoções como cashback (31%) e estratégias do tipo "leve 3 e pague 2" (38%) estão entre as mais valorizadas pelos consumidores.
Perfis de consumo
Os homens lideram a intenção de compras nesta edição, com 90% planejando gastar, principalmente em roupas (68%) e eletrônicos (55%). Já entre as mulheres, 88% pretendem aproveitar a data, com maior interesse em roupas (76%), produtos de beleza (75%) e calçados (66%).
Apesar da popularidade da Black Friday, 22% dos entrevistados acreditam que as promoções não oferecem descontos reais. Além disso, 42% afirmam já terem sido vítimas de fraudes ou conhecem alguém que passou por golpes nessa época.
Para evitar problemas, especialistas recomendam atenção às políticas de troca, segurança de sites e condições de frete. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) assegura os direitos dos compradores, e órgãos como o Procon e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) estão disponíveis para registrar reclamações.
Por Nicolas Uchoa
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